3 de junho de 2025
TVBV ONLINE
Paulo Chagas

Base aliada de Bolsonaro no Parlamento, eleita em primeiro turno, assusta oposição

(FILES) In this file photo taken on February 09, 2021 Brazilian President Jair Bolsonaro gestures during the Launch of the “Adote 1 Parque” (Adopt a Park) Program at Planalto Palace in Brasilia. – Bolsonaro apparently ended up itting that the coronavirus pandemic, which is wreaking havoc in the country, is more serious than a “flu”. Though he was seen wearing a mask, ordered millions of vaccines and changed his discredited Minister of Health, observers rule out a radical change of position, as Bolsonaro continues to oppose the confinement measures demanded by scientists to control the disease, which has already left nearly 280,000 dead in the country. (Photo by EVARISTO SA / AFP)

Nacionalmente ainda se especula, como o candidato à reeleição, da Frente Liberal, Jair Bolsonaro (foto), conseguiu transferir tantos votos a deputados e senadores, menos para si mesmo. Seja como for, as urnas apresentaram resultados extremamente favoráveis a ele, elegendo um grande número de aliados, o que é crucial para qualquer Chefe do Executivo. Bolsonaro conseguiu eleger 14 senadores dos 20 que apoiou. Lula, oito. Na Câmara Federal, o número de eleitos é surpreendente. Foram 99 no total; um aumento de 23 parlamentares em relação à legislatura atual. Numa soma geral de outros partidos de direita, a conquista chega a praticamente metade dos parlamentares, 247. Mesmo que Bolsonaro não se eleja, o avanço do bolsonarismo é fato. Em meio aos partidos de esquerda, foram eleitos 138 deputados federais. No Senado, dos 27 senadores eleitos e que se somarão aos congressistas já eleitos no pleito anterior, serão 20 os apoiadores do atual presidente. Os números são realmente impressionantes, surpreendendo e assustando os opositores. (Foto: Evaristo Sa/AFP)

Caso eleito, Décio Lima fala em aliança com todos os partidos

(Foto: reprodução vídeo)

O candidato ao Governo de Santa Catarina, Décio Lima (PT), também atua fortemente visando aglutinar forças para compor a base apoiadora para o segundo turno das eleições. Ao falar com a imprensa nesta quarta-feira (5), ele argumentou que não tem inimigos, e falou em governar para a sociedade, priorizando o combate à pobreza. Caso seja eleito, afirmou que vai buscar apoio de todas as siglas para governar; dos diferentes partidos dentro da Alesc. Por outro lado, independente da aceitação ou não da maioria dos eleitores catarinenses, ele evidencia a participação do ex-presidente Lula, para ajuda-lo, caso também se eleja, a resolver os problemas de Santa Catarina, especialmente os ligados à Saúde e à Educação. Em termos de propostas, citou a necessidade da elaboração de um grande plano de investimentos no campo da infraestrutura. Bem. Resta então aguardar para saber oficialmente qual será a formatação dos apoiadores dele neste segundo turno, e como pretende reverter o favoritismo do candidato liberal, Jorginho Mello (PL). Entendo que parte deste discurso de Décio Lima já antecipa a preocupação quanto às bases conservadoras existentes entre os deputados estaduais. Sim. Caso eleito, não terá vida fácil. Sem dúvida, a partir das avaliações, evidencio a importância de fazer uso de uma retórica de aproximação, desde já.

Jorginho evita clima de “já ganhou”

Crédito: Assessoria de Imprensa JM

Dentro da razão, o candidato do Partido Liberal, ao segundo turno em Santa Catarina, Jorginho Mello, retoma a campanha com o discurso de que “não existe eleição ganha”. Eis uma lógica que ele está evidenciando junto ao comitê de campanha. Em reunião nesta quarta-feira (5), ressaltou a humildade como parâmetro, especialmente no que tange ao reconhecimento dos erros cometidos no primeiro turno. O fato de ter terminado na ponta, com 38,62% dos votos válidos e mais de 1,5 milhão de votos, exige total concentração, força e união da sigla também para reeleger Bolsonaro, fator que ele considera como sendo o mais importante.